Filhos da Ausência

Há pessoas de fria existência,

São vazios, de abertos os sepulcros,

Filhos das tempestades, insolentes,

De estéril alma nas sombras impuras.

Em meio às gentes, por conveniência,

Nem o bem nem o mal, e te asseguro,

promessas ,que são ventos à inocência,

Só ecos do silêncio em noite escura.

E são feitos de ausências, solitários,

Como estas madrugadas sem luar.

E digo que, também assim sou eu.

Desvia teu caminho e siga, siga!

Se pois, encontrarás aqui um triste,

Este alguém que não vale conhecer.