EM MEU SEMBLANTE...
Tua ausência embora a dor abrande,
Não a faz sumir como deveria...
Posto que seja para mim inquietante,
Imaginar como de outro jeito poderia.
É estender as minhas a mãos distantes,
Criando uma passagem arredia...
Embora possa parecer tão radiante,
Esta morre na noite sem ver o dia.
Um misto de razão e agonia...
Sonho que seca num instante...
Igual ao choro querendo alegria.
Está no desejo fora de alcance...
E ao mesmo tempo perto a covardia,
Estampada no sal de meu semblante.