Soneto: Desculpas póstumas
Desculpe-me meu grande amigo
Pelas vezes que não percebi
Que só precisava de um ombro amigo
Para que pudesses prosseguir
Desculpe-me por estas palavras
Virem em hora tão tardia
Quando já não podem ser notadas
Quando já não podem trazer alegria
Desculpe-me a omissão
Pela fase “Eu te amo”, que não ouviu...
Por estar presa em meu coração
Enfim, quero que desculpe o meu descuido...
Pois se minha amizade não sentiu
Foi apenas por eu ter sido um poeta mudo!
Marcelo Bancalero