ROSA 437 FRAGMENTOS DE NÓS
Vejo-te ainda, porém estás ausente,
Como a brisa que dança em tardes mornas,
Teus sorrisos, ecos que o tempo consente,
Na ciranda das horas, a vida se torna.
Teus olhos refletem um brilho distante,
No compasso do amor, um som que ressoa,
Cada passo incerto, um ritmo constante,
Na melodia que a saudade entoa.
E ao girar da ciranda, o coração clama,
Por momentos perdidos, por sonhos tão quentes,
Mas a dança continua, embora inflama.
Pois no fundo da alma, em sentimentos latentes,
Vejo-te ainda, porém estás ausente,
Num amor que persiste, além da cama.