O efebo

“Vivamus… atque amemus.”

(CATULO)

Gozemos, meu doce rapaz, da juventude –

Nada há sob o Sol que não seja finito.

Hoje lhe beijo o rosto corado e bonito

Que amanhã deformará a Decrepitude.

Sem pudor, amemo-nos à plenitude –

Nada mais além do amor é infinito.

Pois que então eu beije-lhe o rosto bonito

Sem pensar nas nódoas da Decrepitude:

E mesmo quando, mórbido e glacial,

Sentirmos sobre nós seu bafo pestilento,

Não haverá de fazer-nos qualquer mal –

Hei de em meu verso erigir-nos um monumento

E seu frescor, ao fim dos éons imortal,

Será imune à ruína e ao esquecimento.

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 24/09/2024
Código do texto: T8159070
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