DESERTO III

minha alma é campo aberto,

tenho sede de estrada…

aos poucos, fui me tornando deserto,

sem destino, nem parada.

com paisagem entristecida,

por conceber uma só cor,

ao meu redor… pouca vida…

sem companhia no sol-se-pôr.

às vezes, a solidão me forma deserto.

mas no meio da multidão, também me sinto sozinho…

até a minha visão se forma turva.

Porque a solidão veio morar tão perto?

por faltar às águas do teu carinho,

no deserto, aprendemos o valor da chuva.

Mateus Fernandes DE SOUZA
Enviado por Mateus Fernandes DE SOUZA em 23/09/2024
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