DESERTO II

fui me formando sem vida,

meu coração semi-árido,

monocromático, pálido,

tornando a sina comovida

entre chegadas e partidas,

a vida se fez quimera,

descoloriu a primavera,

sem cor, sem flor, abatida.

me tornei o deserto que da água necessita,

do vapor que teu corpo hesita,

quando um beijo faz suspirar…

um arco-íris e seus lumens,

tua presença formar nuvens e..

num abraço, o deserto virar mar…

Mateus Fernandes DE SOUZA
Enviado por Mateus Fernandes DE SOUZA em 23/09/2024
Código do texto: T8158105
Classificação de conteúdo: seguro