*Soneto da Bênção*
*Soneto da Bênção*
Ao dar a bênção, é luz que se espalha,
Qual brisa doce em campo a florescer.
No ato puro de bênção, vem nascer
Nos corações, da paz, a fina malha.
Como o orvalho que aos lírios sempre talha,
Rega a alma com força de viver.
Bênção é rio de amor a percorrer,
Trazendo à vida a luz que não se "apalha".
E quem recebe, ao dar também se enche
Do brilho eterno que o céu faz jorrar,
Num ciclo em paz, sem fim, a recomeçar.
É tal o dom, que abençoar não cessa,
Que a cada gesto, o peito se condense
Em gratidão, que o tempo não tem pressa.
Astir*Carr
Setembro/ 2024