Lua..
Ó tu! Beleza de etérea candura,
Na imensidão do céu, sempre a brilhar,
Em noite imensa segues com ternura,
A solidão de quem vive a passar
Silente em suas dores, desventura,
O coração bem sente, ao se lembrar,
Na noite larga, ao vento uma tristura,
Saudades do que não pode voltar.
Ó tu! Que alma contempla com encanto,
Onde a inspiração me seja, portanto,
Esse amor que em teu rastro sempre traz,
Entre o riso e uma lágrima, que seja,
do poeta, a centelha, ah! Outra vez,
Ainda que em fulgor d' amor fugaz.