Tuas cartas
Oh querida, nem imaginas a ternura,
Com que me apego às Cartas que recebi,
Guardo ao coração palavras doces que li,
E a tentação desejada está segura.
Este é o meu fracasso, esta é minha loucura,
Nelas encontro o teu afago que vivi,
De tuas mãos delicadas que nunca esqueci,
Onde me vejo mergulhar numa procura.
Cedo ou tarde ou nunca mais te direi,
Que a vida me reserva plena liberdade,
Ela é o doce castigo ao qual me acorrentei,
Para sempre, num sentimento de verdade,
De onde nunca mais, por ser fiel, despertarei,
Do silêncio de tuas Cartas, resta ansiedade.