ROSA 433 SACRIFÍCIO
No eco suave das liras do tempo,
Canta a história da filha de Jefté,
Com dor e encanto, um lamento:
A beleza da vida que se foi, mas não se esquece.
Prometida ao Senhor, nqum voto sombrio,
Em batalha, o pai buscou vencer,
E o preço da vitória foi um fio
Que uniu amor e dor, em triste tecer.
Eis que a filha, a única flor,
Saiu ao encontro, dançando, a sonhar,
Mas o destino, cruel executor,
Rasgou as vestes do pai, um lamento a pairar.
Chorando a virgindade, em montes se esconde,
A liberdade, em sacrifício de lágrimas
responde.