QUEM SOU?

Escarneci de mim quando sonhava

Naqueles sonhos, a queda mais livre....

Próprio de quem não sabe por que vive

E tão pouco em mim algo me achava

Gargalhei sem dó ante o declive

Enquanto já do fundo aproximava

E mais não via, tão só considerava:

"Este louco em mim jamais sobrevive!"

Só hoje vejo o meu ar ridículo

De quem estava preso num cubículo

Enquanto o outro era quem vivia

Fez-se de asas, mais certo, o veículo

Eu apenas fui, sou, como um versículo

Ele foi, é, em tudo, a poesia!

19-09-2024

AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 19/09/2024
Código do texto: T8155190
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