ROSA 429 POETA

Nas sombras tristes de despedidas,

O poeta vagueia, em labirintos,

Ciúmes dançam, como ecos distintos,

Cartas de amor, manchadas e feridas.

A fragilidade em versos se anida,

Em cada rima, os gritos indistintos,

Revelam o ser em seus conflitos,

Na busca incessante de almas perdidas.

Desespero, um mar que o consome,

Lágrimas caem como chuva em desatino,

Cada estrofe, um golpe, um destino.

Mas a dor, se transforma em arte, sua fome,

Ao tocar o fundo, o poeta se ergue sem nome,

A resiliência brota, um novo hino.