ROSA 427

O jardim feliz, logo se tornou um pântano

Sumiram os beija-flores, as borboletas e abelhas

Agora insetos peçonhentos, flores velhas

Já não há vagalumes nas noites do cotidiano.

Um manto escuro embrulhou o luminoso plano

E um vendaval levou o piso e as telhas;

Era tanto amor, bastou do ego uma centelha

E o ciúmes para encher a mente de engano.

O sol, que antes brilhava em cada canto,

Agora se esconde atrás da neblina espessa,

E a tristeza fez morada em meu pranto.

Mas na sombra, uma esperança se confessa,

Que um dia a luz volte a reinar o encanto,

E o amor renasça em sua fortaleza.