ENTRE NÉVOAS E SUSPIROS
Sou o estranho sem rosto que habita
No recôndito de teu pensamento
E o coração te afaga que palpita
Sofregamente indicando o tormento
Que é me procurares ao barlavento
Qual na bateia se busca a pepita
Sem saber que estou a sotavento
Enquanto o mar em fúria se agita
Formando imensas ondas vaporosas
Que entram em teus poros, na surdina,
Em fragrâncias de lírios e de rosas,
Pois habito na névoa repentina
De teus olhos, de teu belo sorriso
Que as delícias me dá do Paraíso!
Gurupá, Pará, Brasil, 18 de setembro de 2024.
Composto por Léo Frederico de Las Vegas
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