Jovem demais para morrer
Pouco entendia os desígnios da vida,
Fez de tudo para não morrer jovem,
Seria prematura a sua ignóbil partida,
Diante forças escusas que se movem.
Pensamentos abruptos ou ambíguos,
Questionava-se que não havia vivido,
Toda juventude tais quais seus amigos,
Não seria melhor jamais ter nascido?
O inimigo tempo lhe sorria malfeitor,
Prostrado-lhe em um leito de morte,
Ouvindo passos tétricos no corredor.
Sentiu muito mais raiva do que medo,
Somente um pedido fez ao seu amor;
Ao morrer não velasse seus segredos.