Soneto da matrix imperfeita
A minha terra tinha um céu azul
Esportes ao ar livre eram permitidos
Um dia uma fumaça cruzou o Sul
Sol do apocalipse agonizou os sentidos
A sociedade civil nem se percebe
Na culpa pelo consumo infeliz
As enchentes, ponta do iceberg
Brasil agora em chamas, por um triz
Dias empilhados, tudo parecido
Ninguém parece saber o que diz
Perdidos em cotidiano sem sentido
Difícil entender a tal da matrix
Enquanto isso sigo escrevendo
Provável seriado sem final feliz
Decimar da Silveira Biagini