ROSA 397 ESCRAVIDÃO
No vale escuro onde a mente se apaga,
A sombra densa da ignorância impera,
Os homens, em grilhões, a vida amarga,
Por séculos, a dor é sua esfera.
O saber, perdido, é como um lamento,
E a morte dança em cada esquina,
A criminalidade, um triste alento,
A escravidão da alma se destina.
Degeneração que o mundo consome,
Transforma o ser em besta, em desatino,
E a luz da razão, que outrora se some,
Deixa no peito um vazio, um destino.
Na selva urbana, o homem se esconde,
E a esperança, em silêncio, responde.