Declínio Sistêmico
O corpo clama, em meio à paresia,
A síncope me toma, em convulsão,
E, em mórbido declínio, a neuralgia
Traduz a dor do peito em negação.
O pulso some, em vã apoplexia,
E a mente se desfaz na escuridão,
Enquanto a morte, em fria anestesia,
Sussurra ao meu ouvido a rendição.
No segundo final, já sem alarde,
O sangue é pó... a carne se desgarra,
E o ser se vai num fôlego covarde.
Porém, sustenta-se a alma e não se esbarra
Na hipocrisia que, já sendo tarde,
Ao fim revela a face que se escarra!