Declínio Sistêmico

O corpo clama, em meio à paresia,

A síncope me toma, em convulsão,

E, em mórbido declínio, a neuralgia

Traduz a dor do peito em negação.

O pulso some, em vã apoplexia,

E a mente se desfaz na escuridão,

Enquanto a morte, em fria anestesia,

Sussurra ao meu ouvido a rendição.

No segundo final, já sem alarde,

O sangue é pó... a carne se desgarra,

E o ser se vai num fôlego covarde.

Porém, sustenta-se a alma e não se esbarra

Na hipocrisia que, já sendo tarde,

Ao fim revela a face que se escarra!

Alexandre Toledo
Enviado por Alexandre Toledo em 08/09/2024
Reeditado em 08/09/2024
Código do texto: T8147255
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