QUANDO O CÉU OLHOU ABAIXO

Num dia em que o céu olhou abaixo

Negou-se a acreditar no que via!

Seus tantos olhos já esfumaçados...

No mar mais um míssel explodia.

Na Terra de corrupção espraiada

Arada pelas ervas daninhas

A fome era, então, semeada!

Ao Homem nunca haveria alforria.

Em meio às labaredas das matas

O bom senso se consumia...

A chuva sequer fazia morada

No solo que se arrefecia.

Um pássaro de verso embargado

Tombava sob o céu que ardia.