ROSA 391 INFINITO
No abismo onde a luz se faz sombra,
O desconhecido eterno a vagar,
Entre deuses e demônios, se assombra,
A vida e a morte a dançar no ar.
A dor é um eco, um grito perdido,
O amor, um mistério em doce aflito,
Espíritos vagam, ao céu rendido,
A alma se busca em um verso escrito.
Infinito é o campo onde se tece
O fio tênue entre ser e não ser,
Na sombra, a luz revela o que estremece.
Em cada estrofe, um mundo a renascer,
Mistérios que o tempo nunca esquece,
Um soneto que ao eterno faz viver.