ROSA 388
Em meio à bruma densa da razão,
As preocupações vêm, sombras estranhas,
Cercando a mente em tramas de aflição,
E a paz se esvai, como luz que se apanha.
Nos labirintos frios da ansiedade,
O labor é fardo, a calma, um espinho,
Seduzidos pela amarga verdade,
Os laços se rompem, um destino mesquinho.
E em noites longas, o sono se esconde,
No eco dos medos que a alma consome,
E cada instante, um peso que responde,
Os corações, feridos pela fome,
Da leveza fugidia que se afonde,
Transformam a vida em um triste nome.