A VEIA DO POETA
Quer ver um poeta golpear o cinzel
E rasgar cortes fundos na escultura?
Deixe-o sozinho a olhar o céu
Numa noite de lua ou mesmo escura
Em que possa viajar pelas estrelas
Sua verve se intumesce e se agita
Ele viaja rápido e só quer vê-las
Poetiza e faz a peça mais bonita
Extrai o néctar da flor mais perfumada
Sonha com uma quimera inebriada
Sua veia de poeta se agiganta
Vai um acorde entoando em sua lira
Não dá pra ver que versos ele tira
Porque sorri e chora quando canta