A dúvida
Não pode ser verdade, tudo o que vejo,
Depois, o caminho muda e eu permaneço,
Em tudo que regi estava meu desejo,
E, o que mais desejei, vi que não mereço.
É como um abismo escuro, sem fim,
E o tempo escorre e tento recuperá-lo,
Onde o que me pertence foge de mim,
Tudo que não quero tento sufocá-lo.
O universo imenso que admiro não existe,
Acima de mim, tudo é uma ilusão,
E a imaginação que a tudo resiste,
Vai me vencendo sem me deixar viver,
Tudo são agruras presas ao coração,
Que, por não entender, me fazem sofrer.