Braços silenciosos

Quando a noite se deita em céu de breu,

E as estrelas desenham seu bordado,

O mundo adormece em sonho alado,

E o silêncio é o canto de um adeus.

No peito, um coração, calmo, vagueia,

Ao ritmo da brisa que perpassa,

Enquanto a lua, em sua luz escassa,

Com ternura a escuridão permeia.

Há segredos nas sombras que se vão,

No encontro entre o vazio e a memória,

Onde a saudade ergue sua mão.

E ao final, nas tramas dessa história,

Descubro que a alma em solidão

É quem encontra a paz em sua glória.

Angélica Lima

Angélica Lima
Enviado por Angélica Lima em 06/09/2024
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