Braços silenciosos
Quando a noite se deita em céu de breu,
E as estrelas desenham seu bordado,
O mundo adormece em sonho alado,
E o silêncio é o canto de um adeus.
No peito, um coração, calmo, vagueia,
Ao ritmo da brisa que perpassa,
Enquanto a lua, em sua luz escassa,
Com ternura a escuridão permeia.
Há segredos nas sombras que se vão,
No encontro entre o vazio e a memória,
Onde a saudade ergue sua mão.
E ao final, nas tramas dessa história,
Descubro que a alma em solidão
É quem encontra a paz em sua glória.
Angélica Lima