Soneto a São Paulo
"Não faço o bem que quero" disse um dia
Um tal Paulo de Tarso ponderando
"Mas o mal que não quero" acrescentando
"Este faço, óh carne vil" ele escrevia
Resumia nestas frases, lamentando
A sina dos mortais pois conhecia
A queda, o pecado e a morte fria
E a guerra que com a alma vem travando
Mas nunca deu-se por vencido, é certo
E em Roma sob Nero finalmente
Na morte foi da carne libertado
Foi Santo, eloquente e muito esperto
Por Cristo a vida deu tão bravamente
Pois sabe que há de ser ressuscitado
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