ROSA 384 TORRE DE BABEL

Em sonhos altos, a Torre se erguia,

Com tijolos de ideias a brilhar,

Mas a língua que o grupo dividia

Fez desmoronar o que ia triunfar.

Cacofonias, egos em batalha,

Promessas vãs em meio ao tumulto,

Os planos, que a união não trabalha,

Caíram, um a um, num triste insulto.

Os tijolos sublimes, ao chão, despencam,

E as vozes que sonhavam em harmonia

Transformam-se em ecos que se desencantam.

Na poeira, o desejo se esvai,

E a lição que a história nos ensina:

Unir é erguer, separar, é a lei que vai.