Soneto Satírico

Pois bem, senhora mãe de minha amada,

Não discutamos coisas óbvias, sim?

Sei bem que tua filha idolatrada

Não quer nem nunca quis nada de mim

Mas acredite ou não, minha senhora,

Ela tem boca própria e, sem mentir,

Pode mui bem dizer-me, na mesma hora,

O que ela sente ou deixa de sentir!

Ninguém precisa deste teu xilique

Que brada ao mundo inteiro: “Crucifique

Este garoto que ousa amar-me a filha!”

No mais, me serve de entretenimento

Ver que um meu simples, mísero soneto

Pode fazer alguém perder a linha!

Pedro Debreix
Enviado por Pedro Debreix em 03/09/2024
Código do texto: T8143666
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.