Soneto Altruísta
Quem busca ser bondoso e, nisto, espera
A gratidão de outrem, está iludido!
O mundo é tenebroso, corrompido,
Feroz e astuto – como uma pantera!
Fazei bem se o quiser, por conta e risco,
E quem parabeniza a coisa bela?
Ninguém! O mundo cospe e pisa nela –
Toma-na e foge, como um gato arisco!
Portanto, quando for fazer o bem,
O faça pelo bem deste outro alguém
De bom grado – não espere nada em troca!
Embora o mundo seja deste jeito
E não conheça bem cada bem feito,
Tu sabes o que é certo, então, que importa?!