ROSA 381 MORTE

Após Caim e Abel, como ousa Deus

Deixar a vida ao sabor do vento

E contemplar o extermínio lento

Dos filhos seus, em trágico adeus?

Rasga a alma e o entendimento, meu Deus

Em cada morte ecoa o lamento

Não há justificativa, só tormento

Neste mundo cruel e desfavorável aos teus.

Oh, como pode o Criador permitir

Tamanha dor e sofrimento em vida

Sem intervenção, sem redimir?

É este o plano, a trama decidida

Que nos condena a seguir, a existir

Sem respostas, em busca da saída.