Soneto da ignorância

Nunca haverá escuridão para aquele

Que caminha sempre rumo a oeste

Incansavelmente atrás do astro rei,

Ânsia de ser igualmente Celeste!

Sempre haverá luz aos de mente aberta

Pois uma fresta que adentre a noite

Mínima que seja, timidamente,

À ignorância será um açoite.

Cegueira voluntária e consentida

Paralisa a caminhada da vida...

Os dias simplesmente passam em vão,

As noites amedrontam o coração...

Abrir os olhos é a única saída

E rumo a oeste iniciar a partida.