SENTIMENTOS

Na falta dos seus braços, regaço, a saudade diz os ditados.

E, hoje a cada madrugada desse amor a solidão açoita-me.

Insônias atrozes, são tímida aurora esculpida no meu rosto.

E, miragens cruéis desenham sua sombra na minha retina!

 

Por átimos animo-me, como se, lídimo fosse seu, o convite.

Visto os, meus trajes de gala, as lembranças, nossa alcova,

E, introspectivo, ouço o eco do pulsar dos nossos corações...

O sol adentra pela fresta da minha alma, e fala sobre a lua!

 

E, na tez, da manhã alvinitente, a nostalgia, faz o banquete.

Impõe-se às nuvens fúlgidas, e, rabisca pesados chuviscos...

Fica pegando picula brincando com os sentimentos alheios.

 

A saudade é solidão doída, látego em fúria conflagra a alma.

O tempo e a vida se apiedarão da minha desdita, porá freio!

Desvençar-me-lhe-ei desse calvário, bulícios, círculo vicioso.

Albérico Silva

 

AlbéricoCarvalho
Enviado por AlbéricoCarvalho em 02/09/2024
Reeditado em 16/09/2024
Código do texto: T8142177
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