SENTIMENTOS
Na falta dos seus braços, regaço, a saudade diz os ditados.
E, hoje a cada madrugada desse amor a solidão açoita-me.
Insônias atrozes, são tímida aurora esculpida no meu rosto.
E, miragens cruéis desenham sua sombra na minha retina!
Por átimos animo-me, como se, lídimo fosse seu, o convite.
Visto os, meus trajes de gala, as lembranças, nossa alcova,
E, introspectivo, ouço o eco do pulsar dos nossos corações...
O sol adentra pela fresta da minha alma, e fala sobre a lua!
E, na tez, da manhã alvinitente, a nostalgia, faz o banquete.
Impõe-se às nuvens fúlgidas, e, rabisca pesados chuviscos...
Fica pegando picula brincando com os sentimentos alheios.
A saudade é solidão doída, látego em fúria conflagra a alma.
O tempo e a vida se apiedarão da minha desdita, porá freio!
Desvençar-me-lhe-ei desse calvário, bulícios, círculo vicioso.
Albérico Silva