Primavera

O meu amor, vir nesse trem, quem dera?

Esse presente na estação das flores

Se o equinócio traz a primavera

Toda florida em pétalas de amores

É nessa hora que a alma em mim pondera:

Se ando escrevendo versos indolores

Sem os espinhos de uma flor austera

Quem se feriu ao ler meus dissabores?

Por entre rosas, cravos e jasmins

Meus olhos te procuram, na avidez!

Cegos de ver teus lábios carmesins

Crisântemos, tulipas de xaxins

São testemunhas da embriaguez

De imaginar-te a flor dos meus jardins.

WILSON DE LAVOR
Enviado por WILSON DE LAVOR em 02/09/2024
Código do texto: T8142171
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