Escravo do amor
Oh! Alma minha que aspira sua luz,
Que pelos anos já distantes perece,
Que de tanto zelo a vida desfalece,
Pelo peso tosco que me impõe a cruz.
Viva, no peito, a beleza que seduz,
E sem querer, ele, o amor, desaparece,
Como o tempo que se perde e falece,
Assim como a morte que ao servo conduz.
Por tantas lembranças, o coração aspira,
Provocando o desejo em sua sutileza,
Tendo na esperança a cruz por quem suspira,
Como um reino que perdeu sua nobreza,
Vivendo do amor, mesmo que me fira,
E minha alma seja escrava da tristeza.