ROSA 372 LAÇOS ROMPIDOS

Nas brumas densas do rancor profundo,

Ecos de um silêncio que se afunda,

Um segredo oculto em sombras, tão frio,

Laços rompidos, um amor que perdeu o fio.

Raiva que arde como fogo em brasa,

Corações em duelo, a alma, uma casa,

Onde o perdão, um gesto sutil,

Renasce na dor, mas é puro e gentil.

Quem sabe dá, na arte de olvidar,

As cicatrizes que o tempo não apaga,

Transforma a raiva em paz, a vida em mar.

E assim, entre lamentos, a vida se embriaga,

No ato de perdoar, o amor a brilhar,

Um renascimento, a alma que se entrega.