A Tragédia da Liberdade
A Liberdade é um pobre passarinho
Dotado de prudência e de temor:
Mais alto brada o seu perseguidor,
Mais rápido ela foge para o ninho!
Todos a querem sempre ao seu dispor
E fazem armadilhas no caminho
Ou tentam seduzi-la com carinho
Quando ela só demonstra o seu pudor
E voa sem pra ser algum dar vez!
Até que, um dia, o pérfido francês
Prendeu-na com denodo impaciente
E disse assim às massas populares:
“Cai logo a Liberdade em nossos lares!”
E ela caiu, ferida e inconsciente.