Quem viu dos olhos teus o tom sereno
Quem viu dos olhos teus o tom sereno,
Do amor que neles viram não duvida;
Amou, amou bem mais que a própria vida,
Os filhos que acolheu de afeto pleno...
Adeus, meu Deus! Que dor! Agora peno...
Descansa, mãe, de tão extrema lida...
Que a natureza, sorte embrutecida,
Acolha o corpo teu em vil terreno...
Pois almas, essas, não detêm morada
Na terra em que aguardamos, tão dolentes,
Também o nosso idêntico jazigo...
À noite, durmo, e adentro a madrugada
Sonhando, mãe, sentindo o que tu sentes!
E sonho, mãe, que enfim morri contigo!...