SONETO A UM LINGUARUDO DESOCUPADO De um seguidor do Boca do Inferno
O sujeito é um zero à esquerda
Muito magro por falta de repasto
Poderia comer capim do pasto
Por ser burro e não passar de um merda
Inda diz que leu muito o alma lerda
Pois soletra algum livro nefasto
Merecia ao meu ver um bom vergasto
E escovada um pouco a sua cerda
Diz que tem boa voz mas nunca canta
Se cantar até urubu se espanta
Posto que é desdentado, um terror
Fala mal de amigo e de inimigo
Mas devia olhar pro seu umbigo
Pois espelho não lhe mostra o horror