Confissão do homem mau
Trago no meu brado a ilusão do bravo
E a ternura, por desconhecer sua postura
Meiga entre a bravura sórdida, da loucura
Que almeja paz, tão desconhecida de nós
Assim sua nobreza, escandaliza meu rizo
E transforma meu amor, em obscena desventura
Calando me grito, com olhares e sorrisos
Trazendo o poder dá chama de amar, a calma
Tirando-me de dentro dá alma a duvida
De que és sábia destemida e calada
Fazendo tremer meu infantil coração
E ao tocar sua face, no ar farfalhar seus cabelos
Sua bravura me põe a curvar, vencida a fúria
Que a tua serenidade traz, nesta sua postura.