És tu!

Quando a manhã das tuas olhadinhas

Vem aquecer o breu do meu olhar,

É como se eu sentisse as dores minhas

Fugirem, feito Lúcifer do altar...

E quando, de repente, são vizinhas

As intenções que escapam no piscar,

Ouço o trissar suave de andorinhas:

És tu que vens ao poço me salvar!...

És tu, que sobre as sombras das montanhas,

Volitas como um feixe que reduz

A eterna escuridão que jazo imerso!...

És tu, também, que em práticas estranhas,

Concedes teu olhar de sonho e luz

Na mesma duração que tem um verso...

Daniel Guilherme de Freitas
Enviado por Daniel Guilherme de Freitas em 27/08/2024
Código do texto: T8138584
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