CHAVE DE OURO

É preciso, no texto, certo douro,

na hora importante desse desfecho.

Se fui eu quem o abriu, eu mesmo fecho

o soneto com minha chave de ouro.

Afinal, eu não sou nenhum calouro

para trilhar mal sucedido trecho.

Se com palavras, eu me atrevo e mexo,

é porque sei o valor desse tesouro.

Quando o soneto pede sua passagem,

para, através de mim, trazer mensagem,

cedo esse seu chamado com prazer.

No desfecho, preparo com talento,

com a transpiração desse momento,

para o leitor regozijar-se ao ler.

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 27/08/2024
Reeditado em 27/08/2024
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