A hora escura no meio do caminho

O zumbido do grilo em meus ouvidos

Martelo dos Deuses em minha mente

São tantos os barulhos, tantos ruídos

Fluxo contínuo, arisca corrente

Nesse escuro não vejo o que há em frente

Risos loucos, dolorosos gemidos

Aproxima-se a estrela do nascente

Traz com si os pecados não remidos

É tão tarde que já é quase manhã

A hora escura no meio do caminho

Lá vem o Sol, visitante mesquinho

A luz invade como um Leviatã

Queima e cega! É cada vez mais raro

Encontrar paz nessas noites em claro