O COMPASSO E A BAILARINA
O compasso é qual uma bailarina,
Que vejo a girar numa perna só.
Ele, a cada volta que termina,
Faz no papel um círculo de pó.
Todos aplaudem a bela menina,
Eu, olho seus pés e tenho dó.
Sempre assim, cada um sua sina.
Quem dirá qual a melhor, qual a pior.
Diga-me você, caro Armengador,
Que a cada verso mostra seu valor,
Ao revelar sua filosofia.
Só você, que usou tal instrumento,
Vai poder fazer este julgamento
Que está a lhe propor JOTA GARCIA.