Loucura
Andava pelas ruas, sem destino,
A tropeçar no tempo e no espaço.
A maldizer a vida, a cada passo,
Desde os primeiros passos de menino.
Dizia-se um louco genuíno,
Desses que são poetas hoje em dia.
Um louco que o amor reverencia,
E que faz da loucura um dom divino.
Andava, sem destino, pelas ruas,
A tropeçar nas fases dessas luas,
Que brilham pelos céus de hoje em dia.
Dizia-se um louco sem loucura.
Desses que a poesia só procura,
Quando um poeta morre ou silencia.