Adeus Velado
Nos lençóis se esconde um segredo denso,
A cama guarda ecos de um prazer furtivo,
No quarto, o ar é um sussurro intenso,
Onde o mistério espreita, sempre esquivo.
O espelho reflete sombras do desejo,
O banheiro abafa o som do ardor silente,
Cada toque revela um breve ensejo,
Que no adeus se perde, frio e indiferente.
A porta se fecha, o enigma persiste,
O adeus, um véu sobre a noite imposta,
E no silêncio, a dúvida subsiste.
A cama esfria, o quarto em névoa encosta,
E na penumbra, o segredo insiste,
No eco de um amor que já não se aposta.