Soneto

A lágrima derradeira que me sustém

Trouxe Ninfa de desdém o gado pasto

Que no devenio cobre o verde pranto

Faz do pastor cansado e desdém

Não me cansa o airoso despenhadeiro

Que corre entre os ventos espanto

Trás Ninfa danos ,desatina do Santo

Da figueira que à sombra o paradeiro

Desenho nas trevas a lágrima de furor

Que empobrece meu ego no brando

Quiçá ter ninfa em meu lado da dor

Escrevo está carta pastando o gado

Lendo o que ninfa fez no santo Bocage

Dói o arremessar da insónia no auge.

Jaci Oliveira

Lágrima Acústica

Jaci Oliveira
Enviado por Jaci Oliveira em 21/08/2024
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