Soneto
A lágrima derradeira que me sustém
Trouxe Ninfa de desdém o gado pasto
Que no devenio cobre o verde pranto
Faz do pastor cansado e desdém
Não me cansa o airoso despenhadeiro
Que corre entre os ventos espanto
Trás Ninfa danos ,desatina do Santo
Da figueira que à sombra o paradeiro
Desenho nas trevas a lágrima de furor
Que empobrece meu ego no brando
Quiçá ter ninfa em meu lado da dor
Escrevo está carta pastando o gado
Lendo o que ninfa fez no santo Bocage
Dói o arremessar da insónia no auge.
Jaci Oliveira
Lágrima Acústica