ROSA 345 DESILUSÃO COM MORCEGOS
Nos forros da casa, a sombra se alastra,
Silêncio engole a esperança ferida,
Morcegos em dança, a noite é desgasta,
A luz que ofusca a paz já perdida.
Tirica, repelente, um elenco sem resultado,
Óleo queimado e o spray de pimenta,
Sons irritantes, um clamor desgraçado,
Malhadeira, em punho uma luta ferrenta.
Carbureto clama em severa agonia,
Mas eis que a tormenta persiste avassaladora,
Desgosto imenso, incerteza que erguia.
A casa, prisão, exala o odor sem demora,
E o eco dos bichos, em cruel sinfonia,
No peito, um desespero que agora devora.