Recusa de inspiração
É tarde da noite, pego a caneta,
Sob as minhas mãos concentro o papel,
Não sei o que escrever, deixo ao léu,
Que os versos recaiam como cometas.
Eis que me surge a beleza da musa…
Cedo um pouco… inspiro, canto e escrevo
Com tanto amor, que é seu rosto em relevo,
Que vejo entre os versos. Tenho recusa!
Paro a escrita, rasgo o papel, desisto!
Outro poema começo e não termino,
Só me vem inspiração dessa princesa…
Acendo um fumo, espaireço… insisto!
Só escrevo o que me exige o destino,
E há vez que olvido o papel sobre a mesa.