ROSA 342 POLÍTICA

No palco em que a política se mostra,

Um teatro de sombras, desilusão,

Os nobres tronos, agora, são de prostra,

E a esperança flutua em vão.

Entre promessas, ecoa a vaidade,

Os discursos são flores sem perfume,

Corações sedentos por verdade,

Enfrentam a frieza do costume.

Os rostos, marcados pela desgraça,

Refletem a dor de um povo cansado,

E em cada eleição, a mesma fumaça,

Um labirinto sem saída, amargurado.

Assim, o futuro se torna um abismo,

Onde a ética se esvai em sincretismo.