Exílio final
Rogo em sonhos pasmos, dia a dia,
onde escondo a dor e o sentimento,
que a alma busca no esquecimento,
onde o pranto é do peito avaria.
Mergulho em um poço de água fria,
cercando o rude e tosco pensamento,
na estranheza onde cala o vento,
onde a escuridão é uma fantasia.
Tudo é um momento que enlouquece,
nem ajuda divina me aparece,
a vida me maltrata de verdade.
Na separação atroz enlouquecida,
do mundo, a vida que foi esquecida,
a morte é pra quem fica uma maldade.